Um dos tumores com maior índice de mortes da atualidade é o câncer de pulmão. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de pulmão é uma das principais causas de morte evitáveis do mundo, com uma sobrevida média de apenas 10% em países em desenvolvimento.
No entanto, um estudo realizado nos Estados Unidos e publicado no New England Journal of Medicine trouxe uma boa notícia aos pacientes desse tipo de tumor: quem se submete a detecção por scanner tem maiores chances de um resultado exato. De acordo com a publicação, o método pode reduzir em 20% o número de mortes provocadas por câncer de pulmão, em relação à radiografia.
A pesquisa começou em 2002 e analisou 53.454 homens e mulheres com faixa etária entre 55 e 74 anos que haviam fumado, ao menos, 30 carteiras de cigarro ao ano. De acordo com uma das responsáveis pelo estudo, Denise Aberle, o principal objetivo da pesquisa é servir de orientação para políticas de saúde pública sobre a detecção da doença nos próximos anos.
Vantagens do scanner
A principal diferença dos dois métodos – scanner e radiografia – é que o scanner possibilita a obtenção de várias imagens do pulmão, à medida que gira em volta do corpo do paciente e vai fotografando.
Já a radiografia revela uma única imagem, que não distingue entre todas as estruturas anatômicas do pulmão, dificultando a detecção de um tumor em sua fase inicial.
Ambos são exames usados para se fazer a detecção precoce do câncer de pulmão. E os especialistas alertam: quanto mais precocemente for detectado o câncer, maiores as chances de cura.